
Em 1934, era um dos redatores do Jornal do Povo, que por sinal só durou dez dias. O jornal publicava, em fascículos, a história do marinheiro João Cândido, líder da Revolta da Chibatada, de 1910 (assunto tabu para a Marinha brasileira). Certo dia, um grupo de homens não identificados – cogitou-se que eram militares – seqüestrou e espancou impiedosamente o humorista.
O que fez Torelly? Um manifesto indignado condenando a truculência de que foi vítima? Nada disso. Apenas escreveu numa placa os dizeres “Entre sem bater” e afixou-a à porta da redação. Nunca houve, na história da imprensa, um ato de protesto tão elegante e bem-humorado.
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