Detesto pessoas arrogantes!
Deus também!
Você pode estar se perguntando: “Que é isso pastor?” Não sou eu quem estou dizendo isto, é a Bíblia, a Palavra de Deus: “Há seis coisas que o Senhor odeia, sete coisas que ele detesta: olhos altivos...". (Pv.6:16)
É lamentável ter que conviver com homens que se acham superiores, com mulheres que acreditam ser melhores que as demais. É uma experiência amarga ter que diariamente conviver com o patrão que “se acha”, com o superior que tem o nariz empinado, com a “patricinha” que é rica e desdenha das colegas, com o playboy que a todos trata com ar de superioridade. Tais pessoas não conseguem perceber como são ridículas, deploráveis e mesquinhas. Homens e mulheres que por causa de um título, uma profissão, uma posição... acreditam ser os reis e as rainhas do pedaço. Que lástima! Sua soberba os cega, impedindo-os de ver que quanto maior um homem, maior a sua humildade.
Diferentemente destas pessoas asquerosas com quem convivemos, Jesus Cristo, o maior de todos os homens, conversava e comia com os piores pecadores, tratava a todos de forma igual, amava os desprezados e se dedicava aos rejeitados. Jesus desde o berço até a sepultura foi revestido de humildade. Nasceu em um estábulo (Lc. 2:4-7), filho de uma mulher pobre (Lc. 2:22-24). A família de Jesus não tinha projeção social (Lc. 1:48). Jesus foi seguido por companheiros pobres, os paupérrimos pescadores. Jesus não tinha onde reclinar a cabeça (Mt. 8:20); quando viajou pelo mar da Galiléia, utilizou um barco emprestado; recebeu ajuda financeira de mulheres galiléias (Lc. 8:1-3); para entrar em Jerusalém, serviu-se de um jumento que pertencia a outrem; precisou de uma sala e de um animal emprestado (Lc. 22:7-13 e Lc. 19:28-34); ao ser sepultado, foi posto em um sepulcro alheio. Diz-nos o apóstolo Paulo que Jesus “sendo rico, se fez pobre por amor de vós”.(II Cor. 8:9)
É duro ver quem Jesus foi, o que Ele abriu mão e o que Ele fez, e olhar para estas pessoas arrogantes ao nosso lado todos os dias. Tais infelizes não se dão conta de que “quando o jogo de xadrez chega ao fim, peões, torres, reis e rainhas voltam todos para a mesma caixa”. (Provérbio italiano)
Certa vez perguntaram para Gandhi sobre sua insistência em viajar na terceira classe dos trens. Esta era a classe dos bancos duros, dos lugares abarrotados de lavradores sujos com os seus animais; um local cheio de gente, cheio de imundície, cheio de barulho e odores. “Por que” perguntaram a Gandhi. Sua resposta foi a seguinte: “Porque não existe a quarta classe”.
É nojento ver pessoas que se renderam a ideologia do ter em detrimento do ser. Homens que entendem ser superiores por causa do carro que dirigem, da cobertura onde moram, da conta bancária ou dos inúmeros imóveis. Mulheres que exalam soberba unicamente por causa das roupas e bolsas de grife, das jóias e dos perfumes importados. Oh! Que coisa terrível! Não é por acaso que as Escrituras nos dizem que Deus “resiste ao soberbo”.
O famoso Bertand Russell certa vez disse o seguinte: "Se fosse possível todo homem gostaria de ser Deus; uns poucos têm dificuldade em admitir esta impossibilidade". Conviver com estes poucos, faz do emprego, da vizinhança, da igreja, da família, dos relacionamentos, algo insuportável! É cada vez mais raro encontramos na cultura narcisista em que vivemos, pessoas como Issac Newton que são capazes de confessar: "Se vi mais que os outros, foi por estar sobre ombros de gigantes".
C.S. Lewis acertadamente declarou que a prepotência é o pecado “luciferiano”. A arrogância é característica de pessoas diabólicas. O orgulho é o supremo mal, é o pecado principal. Diz Lewis que este sentimento “é o mais completo estado de alma anti-Deus”. Lewis disse mais: “Toda vez que você se considera bom, virtuoso, melhor e mais, tenha certeza de que não é o Espírito de Deus que está atuando em você, é o demônio”. Certamente que o Diabo, este ser tomado de orgulho, tem feito vários discípulos em nosso meio.
Oscar Wilde conta-nos de um belo rapaz que todos os dias ia contemplar sua própria beleza num lago. Ele era tão fascinado por si mesmo que certo dia caiu dentro do lago e morreu afogado. No lugar onde caiu nasceu uma flor que chamaram de Narciso. Quando Narciso morreu, vieram as Oréoides – deusas do bosque – e viram o lago transformado de um lago de água doce, num cântaro de lágrimas salgadas. “Por que choras?” Perguntaram as Oréoides. “Choro por Narciso”, disse o lago. “Ah! Não nos espanta que você chore por Narciso. Afinal de contas, apesar de todas nós sempre corrermos atrás dele pelo bosque, você era o único que tinha a oportunidade de contemplar de perto sua beleza”. “Mas Narciso era belo?” Perguntou o lago. “Quem mais do que você poderia saber disso?” Responderam surpresas as Oréoides, “afinal de contas, era em suas margens que ele se debruçava todos os dias”. O lago ficou algum tempo quieto, e por fim disse: “Eu choro por Narciso, mas jamais havia percebido que Narciso era belo. Choro por Narciso, porque todas as vezes que ele se deitava sobre minhas margens eu podia ver, no fundo de seus olhos, minha própria beleza refletida.”
Ui!
sexta-feira, 4 de junho de 2010
“ELE (a) SE ACHA”
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