sexta-feira, 11 de junho de 2010

A Ira de Deus

Se Deus ama tudo que é reto e bom, e tudo que se conforma ao Seu caráter moral, então não é de espantar que Ele odeie tudo o que se opõe ao Seu caráter. O caráter de Deus é santo, por isto Ele odeia o pecado. Porque odeia o pecado, sua ira inflama-se contra o pecador (Sl. 7:11)
Devemos meditar sobre a ira de Deus com freqüência, afinal, ela leva os nossos corações a ficarem devidamente impressionados com a ojeriza de Deus pelo pecado. Infelizmente, a nossa tendência é de considerar o pecado de uma forma superficial e relativa, de encobrir a podridão e maldade do pecado, de fugir das nossas responsabilidades pelos erros cometidos. Diante desta situação, a reflexão sobre a ira de Deus produz em nossas almas um verdadeiro temor por Deus (Hb.12:28,29)
Muitos textos bíblicos deixam claro que a ira de Deus é uma realidade e está em constante atuação. (Jo.3:36; Rm.1:18; Dt.9:7,8; Ap.16) As Escrituras não fazem nenhuma tentativa para ocultar a realidade da ira divina. Existem mais referências na Bíblia à indignação, à cólera e à ira de Deus, do que ao Seu amor e ternura.
A ira de Deus é algo tão sério que ela durará para sempre, é só lembrarmos da eternidade do inferno que é a expressão máxima da ira de Deus!
Por incrível que possa parecer, devemos louvar e agradecer a Deus pela Sua ira. O que ou quem Deus seria se não odiasse o pecado? Se Deus se deleitasse ou simplesmente não se abalasse com o pecado que Deus seria Ele? Tal Deus não seria digno da nossa adoração, pois o pecado é odioso e digno de ser detestado! Como poderia Aquele que é a soma de todas as excelências olhar com igual satisfação para a virtude e o vício? Como poderia Aquele que é santo ficar indiferente ao pecado, negando-se a manifestar seu juízo? Como seria possível Aquele que só tem prazer no que é puro e nobre, deixar de detestar e odiar o que é impuro e vil?
Muitos dão abrigo ao erro quando pensam que a ira de Deus não é coerente com a Sua bondade. Desta forma procuram bani-la dos seus pensamentos. Precisamos ensinar a estas pessoas que o amor e a ira de Deus são emoções reais e essenciais em Deus. Uma é despertada pela justiça e a outra pelo pecado. A existência de uma necessita da existência da outra. Se não houver amor pela justiça, não haverá ódio pelo pecado. Se não houver ódio pelo pecado, não haverá amor pela justiça. A coexistência destes sentimentos é continuamente ensinada na Bíblia: “Vós que amais o Senhor, detestai o mal”. (Sl.97:10)
Os crentes genuínos não devem temer a ira de Deus. Embora fossemos “por natureza filhos da ira, como os demais” (Ef.2:3), Jesus morreu em nosso lugar. Desta forma, Ele “nos livra da ira vindoura”. (I Ts.1:10) Jesus suportou a ira de Deus provocada pelo nosso pecado, a fim de que pudéssemos ser salvos.
Ao contrário do que crêem algumas pessoas, o moinho de Deus mói devagar, mas mói fino. Sua paciência e generosidade são admiráveis; contudo, terrível e insuportável é a fúria divina. Podemos perceber esta verdade utilizando a figura do mar. Nada é mais brando do que o mar em sua calmaria, porém, quando se agita em forma temporal, nada é mais furioso.
Distintamente de Sua santidade, perfeição, amor, justiça... Deus não exercita a ira perpetuamente e sem interrupção. Sua ira só é expressa quando Seus atributos são afrontados e sua santidade escarnecida. Antes do pecado de Lúcifer, Deus estava perfeitamente feliz em não expressar sua ira.

Um comentário:

  1. Parabéns pela decisão de fazer um blog para seguir compartilhando seus pensamentos. Cemecei lendo este primeiro, e dei uma olhada em todos, mas vou ler todos.
    Certamente que Deus é amor, detesta o pecado, e como ama o pecador, deixa sempre a porta aberta para que ele regresse, se arrependa e não peque mais.
    Que voce tenha um feliz domingo, hoje. Interessante que recebi sua mensagem justamente hoje 13 de junho, dia dedicado a uma pessoa fantastica Fernando de Bulhões,um grande intelectual e magnifico orador, que o mundo conhece mais como Santo Antônio de Lisboa ou de Pádua, e que viveu na virada dos séculos XII e XIII.
    Como voce terminou o artigo mais antigo do seu Blog, concordo plenemente com sua recomendação que todos nós devemos buscar aquele que ousadamente afirmou: “Eu sou o Caminho, a verdade e a VIDA”.
    Abraços,
    Alberto R. Fioravanti

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