Aqueles que afirmam: "Não existe este negócio de verdade", estão falando a verdade? Esta afirmação pretende ser verdadeira? Em caso positivo, a própria afirmação derrota a si mesma.
A verdade existe, ela não pode ser negada. Aqueles que negam a verdade fazem a afirmação falsa em si mesma de que não existe verdade. A própria declaração absoluta de que “não existe verdade absoluta” não pode ser verdadeira. A declaração do relativismo é irracional porque ela afirma exatamente aquilo que está tentando negar. Os relativistas estão absolutamente certos de que não existem absolutos. Aqueles que negam todos os valores, valorizam seu direito de fazer essa negação. Eles são completamente incoerentes! A verdade é que, na prática, os valores morais são inegáveis!
As reações do ser humano provam que o relativismo é uma falácia. As pessoas podem afirmar que são relativistas, mas não querem que seu cônjuge viva como relativista sexual, seja relativamente fiel. Todo macho relativista espera que sua esposa viva como se o adultério fosse absolutamente errado.
Mesmo que existam poucos relativistas que não colocam objeções ao adultério, nenhum deles aceitaria a moralidade sobre o homicídio ou o estupro se alguém quisesse matá-los ou estuprá-los. A verdade é que o relativismo contradiz nossas reações e nosso bom senso.
Se realmente não existe verdade, então, por quer tentar aprender alguma coisa? Por que um aluno deveria dar ouvidos a um professor? Afinal, o professor não tem a verdade. Qual é o objetivo de ir à escola, quanto mais de pagar por ela? Qual é o objetivo de obedecer às proibições morais de um professor quanto a colar nas provas ou plagiar trabalhos de outras pessoas?
Se ensinarmos aos alunos que não existe certo ou errado, por que deveríamos nos surpreender com o fato de que um grupo de alunos atirar em seus colegas de classe? Ver uma mãe adolescente abandonando o filho numa lata de lixo? Por que eles deveriam agir de maneira "certa" quando nós ensinamos que não existe essa coisa de "certo"? É um absurdo esperar virtude de pessoas a quem foi ensinado que não existe virtude. "Num tipo de simplicidade assustadora, removemos o órgão e exigimos a função. Fazemos homens sem peito e esperamos deles virtude e iniciativa. Rimos da verdade e ficamos chocados ao encontrarmos traidores em nosso meio. Castramos e esperamos que o castrado seja reprodutor". (C. S. Leis)
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